A regularização de edificações perante o Corpo de Bombeiros é uma exigência que garante a segurança de ocupantes e visitantes, além de ser uma condição obrigatória para o funcionamento legal de empresas e condomínios. No entanto, quando o assunto envolve prédios antigos, a dúvida é frequente: será que é possível conseguir o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) sem precisar realizar grandes obras?

Essa questão afeta diretamente comerciantes, síndicos e gestores que atuam em imóveis construídos antes das normativas atuais de prevenção e combate a incêndios. A resposta, no entanto, depende de uma análise detalhada do imóvel, do uso que ele recebe e das medidas de segurança já existentes.

O que muda para prédios antigos

Prédios mais antigos foram erguidos em períodos em que as normas técnicas de segurança contra incêndio não eram tão exigentes ou simplesmente não existiam. Hoje, as legislações estaduais trazem critérios rigorosos para a instalação de sistemas de combate a incêndio, saídas de emergência, sinalização, iluminação de rotas de fuga e treinamento de brigadas.

Na prática, isso significa que boa parte das construções antigas precisa passar por adequações. Porém, nem sempre essas adequações representam reformas estruturais de grande porte. Em muitos casos, é possível atender às exigências com ajustes pontuais, como a instalação de extintores, sinalizações e melhorias na iluminação de emergência.

Adequações mínimas exigidas para os prédios antigos

Para que um prédio antigo seja considerado regularizado, é necessário atender ao mínimo de medidas preventivas estabelecidas pelo Corpo de Bombeiros. Entre as mais comuns estão:

  • Extintores de incêndio dimensionados corretamente e distribuídos em pontos estratégicos;

  • Sinalização de emergência visível e padronizada, indicando saídas, rotas de fuga e equipamentos de combate;

  • Iluminação de emergência, garantindo evacuação segura em caso de queda de energia;

  • Saídas de emergência desobstruídas e adequadas à capacidade de ocupação do local;

  • Treinamento de brigada de incêndio ou bombeiro civil, dependendo da atividade desenvolvida;

  • Sistemas de hidrantes e sprinklers, em edificações maiores ou de risco elevado;

  • Acessibilidade e rota segura para pessoas com deficiência, conforme exigências atuais.

Em muitos casos, o Corpo de Bombeiros permite que a adaptação de prédios antigos seja feita de forma gradual, desde que o responsável apresente um plano técnico com cronograma de execução.

A importância do projeto técnico

Independentemente da idade do prédio, a regularização só é possível por meio de um projeto técnico elaborado por engenheiro ou arquiteto habilitado. Esse projeto deve conter todas as plantas e especificações de equipamentos de segurança contra incêndio, sempre alinhadas ao Código Estadual vigente.

No caso de prédios antigos, o projeto é ainda mais relevante. Ele permite que o profissional analise quais medidas são obrigatórias, quais podem ser adaptadas e se existe a possibilidade de medidas compensatórias, quando a obra não comporta a instalação de determinados sistemas.

Exemplo disso é a substituição de um sistema de sprinklers (às vezes inviável em prédios de estrutura antiga) por reforço de hidrantes, brigada treinada e equipamentos portáteis adicionais. Cada caso é analisado individualmente.

Reformas x adequações: quando a obra é inevitável em prédios antigos

Embora muitos prédios antigos consigam regularizar a situação sem grandes reformas, existem situações em que mudanças estruturais são inevitáveis. Isso ocorre quando a edificação não possui rotas de fuga adequadas, quando há risco de colapso em caso de incêndio ou quando o uso atual do prédio exige medidas mais robustas do que as que ele suporta.

Exemplo prático: um prédio histórico que passou a abrigar uma casa de eventos ou um call center com alta concentração de pessoas. Nesse caso, a exigência de escadas de emergência adicionais, portas corta-fogo ou sistemas de sprinklers pode ser obrigatória.

Por isso, a resposta à dúvida “consigo regularizar sem grandes reformas?” depende de uma análise técnica minuciosa. O Corpo de Bombeiros não abre mão da segurança mínima exigida para preservar vidas.

Consequências da não regularização

Deixar de regularizar um prédio antigo representa riscos sérios. Além de multas e interdições aplicadas pelo Corpo de Bombeiros, o responsável pode ser processado civil e criminalmente em caso de sinistro. Empresas que funcionam em prédios irregulares ainda correm o risco de perder alvarás de funcionamento, contratos comerciais e até seguros.

Em condomínios, a situação é ainda mais delicada, pois a ausência de AVCB pode inviabilizar a contratação de seguros obrigatórios e expor síndicos a processos judiciais por omissão.

O papel da consultoria especializada

É nesse ponto que entra a importância de contar com uma consultoria especializada. Profissionais experientes conhecem as normas em vigor, sabem negociar medidas compensatórias com o Corpo de Bombeiros e elaboram projetos que evitam gastos desnecessários.

No caso de prédios antigos, essa consultoria pode significar a diferença entre uma obra milionária e uma adequação viável e dentro da realidade do cliente. Além disso, empresas especializadas acompanham todas as etapas do processo, desde a elaboração do projeto até a vistoria final.

GT Fire: experiência em regularização

Na região de Pernambuco, a GT Fire atua há anos assessorando empresas, comércios e condomínios na obtenção do AVCB. A consultoria ajuda a identificar quais medidas são indispensáveis, quais podem ser compensatórias e como implementar soluções de forma eficiente e econômica.

Mais do que atender a uma exigência legal, a regularização de prédios antigos é um investimento em segurança e tranquilidade. Com o suporte da GT Fire, é possível transformar uma obrigação complexa em um processo claro, rápido e com resultados definitivos.